A sociedade é um ambiente em constante mutação, e o Direito, como sua parte integrante, procura adequar-se a essas transformações, mantendo-se em sintonia com os clamores sociais de cada momento. O Direito do Trabalho não foge dessa realidade e, na medida em que a sociedade se transforma, o Direito é instado a mudar.

O mundo passa por profundas transformações. A invasão da Ucrânia repercute mundo afora, impactando no preço das comoddities e insumos das mais variadas espécies. O embargo econômico imposto à Rússia afeta o Brasil na questão dos fertilizantes. O preço do petróleo, que já estava alto, dispara, e o resultado disso tudo afeta não só o comércio internacional, mas, de forma muita profunda, o comércio local.

A inflação, até então controlada no Brasil, passou dos 10%. O mundo todo, que ainda atravessa os efeitos da pandemia da Covid-19, sofre outro baque. Essa pressão global leva as empresas a reverem estratégias e parcerias. Aumento de estoques, regionalização das cadeias de valor, ampliação de acordos comerciais e produção verticalizada são alguns exemplos de alternativas adotadas. Todas essas medidas têm como objetivo impedir o fechamento de empresas e o aumento do desemprego.

Entre os trabalhadores, pesquisa do Ifec-RJ (Instituto Fecomércio-RJ de Pesquisas e Análises) retrata que, em março, o medo de perder o emprego nos três meses seguintes recuou de 60,1% para 57,1%. Já o percentual dos que não têm esse medo subiu de 39,9 para 42,9%.

Esse nível percentual, embora pequeno, se traduz na confiança do trabalhador na retomada do crescimento econômico. Embora a confiança do empresário tenha aumentado com a retomada dos negócios, entretanto, não se pode ignorar as alterações que o mundo experimenta.

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