A primeira oportunidade de trabalho é sempre a mais complicada. Embora a lei permita contratação de trabalhadores a partir dos 16 anos, é dos 18 aos 24 que a busca se intensifica. Nessa faixa etária, a maior parte dos jovens ainda não concluiu estudos além do ensino médio, não possuindo qualificação profissional completa. Mesmo assim, eles já ingressam no mercado de trabalho, para aumentarem a renda familiar ou possuírem o próprio dinheiro, obtendo poder de compra.

A maioria desses jovens desconhece instituições como o Serviço Nacional da Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional da Indústria (Senai), que os preparariam para encarar a nova situação de suas vidas com muito mais qualificação e possibilidade de uma renda maior.

Em princípio, é ao comércio de bens e serviços que se dirige a maior parte dos jovens, na procura do primeiro emprego. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o setor do comércio de bens, serviços e turismo responde por 70,2% da economia e por 58,9% das contratações de empregados, nos últimos 14 anos, conforme dados do Instituto Fecomércio-RJ de Pesquisas e Análises (Ifec-RJ).

Lojas de vestuário, supermercados e lanchonetes são quase sempre as primeiras organizações comerciais a promoverem o início das caminhadas profissionais dos jovens trabalhadores.

Em relação à escolaridade, nas micro e pequenas empresas a média dos trabalhadores com ensino médio completo supera 56%. Porém, o desemprego no Brasil hoje é maior do que o dobro da média internacional, atingindo 13,2% da população economicamente ativa, de acordo com a última Pnad Contínua, divulgada em janeiro pelo IBGE.

Em busca do primeiro emprego, os mais novos ficam à mingua nas contratações, pois as empresas buscam profissionais com alguma experiência profissional. Dessa forma, o primeiro emprego fica por último e acaba sendo o mais difícil.